Parlamentar discute alternativas para desenvolvimento da cafeicultura

Debate sobre políticas públicas para a cafeicultura
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A deputada estadual Ângela Sousa (PSD) participou de uma reunião realizada em Salvador com o secretário estadual de Agricultura, Eduardo Sales, e com representantes dos produtores de Itabela e dirigentes de entidades ligadas ao agronegócio café, para discutir os problemas da cafeicultura e buscar alternativas para o desenvolvimento desse cultivo. Durante o encontro a deputada estadual explicou que a agricultura surge como importante atividade econômica nas mais diversas regiões da Bahia, mas é preciso que os governos estadual e federal garantam mais apoio a essa atividade, geradora de emprego e renda, mas que vem sofrendo por falta de incentivos.

Ângela Sousa explicou que, assim como a cacauicultura no Sul da Bahia, a cafeicultura também enfrenta uma séria crise, daí a necessidade da união de todos os segmentos para buscar alternativas visando o soerguimento desse setor. Durante o encontro foi elaborada uma nota técnica com duas pautas principais e imediatas para o governador Jaques Wagner discutir com o Ministério da Fazenda. A primeira foi o aumento imediato do preço mínimo da saca do café conillon, que está em R$ 157,00, enquanto que o custo de produção elaborado pela Escola Superior de Agricultura (Esalq) é de R$ 213,00.

O outro ponto discutido no encontro e que fez parte da nota técnica foi a suspensão imediata por 120 dias das cobranças das dívidas vencidas e vincendas neste período. Também ficou acertada uma reunião da Câmara Setorial Estadual do Café, durante a Fenagro, na primeira semana de dezembro, para que juntos, representantes de todas as regiões produtoras do café arábica e conillon, possam elaborar um documento com demandas estruturantes de curto, médio e longo prazos para a cafeicultura, que será entregue à presidenta Dilma Rousseff e ministros, contendo as principais reivindicações dos cafeicultores.

O secretário estadual de Agricultura, Eduardo Sales, disse que, como foi presidente da Associação dos Cafeicultores da Bahia por duas vezes, conhece um pouco deste assunto café, por esse motivo sugeriu que deveria inserir neste documento a ser entregue à presidenta e aos ministros o maior problema que aflige a cafeicultura, que na sua visão é a questão trabalhista. “Precisamos de menos burocracia e mais liberdade, garantindo os direitos dos trabalhadores, mas flexibilizando as condições de contratações temporárias”, defendeu o secretário de Agricultura. Participaram também da reunião o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb,) João Martin, presidentes de sindicatos, Assocafé, câmara setorial e representantes do Governo da Bahia.